A quantidade de trabalhadores atuando presencialmente ainda está muito abaixo dos níveis pré-pandemia.
Entre os incontáveis impactos que a pandemia de Covid-19 trouxe para o mundo todo desde 2020, a implementação da modalidade home office com certeza foi uma das mudanças que devem seguir com a retomada gradual da vida normal.
Essa alteração no local e forma de trabalho segue sendo uma tendência em crescimento em muitos países e o Reino Unido, na Europa, está se tornando líder do seu continente nesta adaptação.
A preferência pela manutenção do home office contra o retorno do trabalho presencial no Reino Unido vai na contramão de outros países de economias avançadas, segundo uma análise do jornal Financial Times.
Entre os fatores que impulsionam essa medida e impedem que os escritórios alcancem lotações em patamares equivalentes ao começo de 2020 está um mercado de trabalho mais flexível e o tamanho do seu setor de serviços profissionais.
A região já não tem restrições relacionadas ao Covid há meses e ainda assim os relatórios mostram que a quantidade de trabalhadores que estão atuando nos escritórios presencialmente ainda está um quarto abaixo dos níveis de fevereiro de 2020.
Especialistas nas práticas de trabalho após o confinamento afirmaram que houve uma mudança na mentalidade de forma permanente sobre como o trabalho é organizado.
A quantidade de pessoas presencialmente continua o mesmo de setembro de 2021, quando ainda existiam restrições em decorrência da pandemia, reforçando a adaptação a esta nova modalidade de trabalho.
Em Londres, a relutância no retorno ao presencial é ainda maior, local que tem a maior concentração de serviços profissionais do que qualquer outro lugar do Reino Unido. Segundo informações do Google, os deslocamentos aos locais de trabalho caíram mais de 30% no início de maio em comparação ao começo de 2020.
Comparação com Europa e Estados Unidos
Em outros países europeus, como Alemanha, a diferença pré-pandemia é bem menor e está apenas 7% abaixo dos números de fevereiro de 2020.
O Reino Unido, no entanto, não é o único a mostrar esse crescimento do home office e países como Estados Unidos e Canadá apresentam dados semelhantes.
Entre os principais motivos que justificam essa mudança estão o gasto de tempo e dinheiro com deslocamento, a maior produtividade em casa e flexibilidade.