O indicativo foi levantado pela bureau de crédito Boa Vista que teve como base os registros do Serviço Central de Proteção de Crédito (SCPC) do último trimestre.
O bureau da Central de Proteção ao Crédito (SCPC) registrou queda de 33,8% nos pedidos de recuperação judicial na média móvel do último trimestre, comparado ao mesmo período de 2020.
Os dados levam em consideração a base de dados da Central de Proteção ao Crédito (SCPC), construída com informações dos fóruns, tribunais de Justiça, diários oficiais e varas de falências.
Por mais que o número pareça positivo, o especialista e CEO da Quist Investimentos, Douglas Duek, reflete que os dados representam uma incerteza. “A instabilidade do mercado e a indecisão dos empresários, que até para uma decisão de reestruturação não veem um cenário claro da economia”, explica.
Segundo o CEO, a recuperação judicial é um passo essencial para evitar falência. “Em meio às dívidas, muitas possibilidades são esgotadas e a recuperação judicial trabalha justamente para que a empresa ganhe mais fôlego, enquanto mantém suas atividades”, completa.
O especialista destaca ainda a alta procura por diagnósticos específicos de reestruturação e recuperação judicial. “Os últimos números refletem a baixa trimestral na média móvel, todavia acreditamos que, com a alta da inflação e o problema na cadeia de insumos e outros pontos como, por exemplo, os juros, podemos ter uma série de coisas represadas que ainda estão por vir”.
Muitas empresas seguem com reclamações financeiras e consultando Duek para diagnósticos específicos de reestruturação e recuperação judicial. O que, segundo ele, mostra que internamente os números não diminuíram, na verdade, as buscas estão aumentando.
As empresas devem ficar atentas ao movimento de mercado atual, a inflação e outros componentes internos e externos para tomar por fim a decisão de buscar ou não o recurso da recuperação judicial.
Com informações Douglas Duek